sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Culhões

Existem várias formas de uma pessoa morrer, mas de viver eu só conheço uma: sem medo. O medo te restringe, te aprisiona e te faz refém. O medo te priva de novas lições, novas experiências e novas conquistas. Aquele frio na barriga não é medo. É ansiedade, apreensão, adrenalina. Medo é quando essas situações te impedem de tentar. Aí sim é medo, fraqueza e covardia. Um pouco de cada coisa. Corajosa não é a pessoa que não sente medo, e sim aquela não se deixa aprisionar por ele. É por isso que só tenho medo de uma coisa nesse mundo: medo do dia que esse sentimento me impedir de alcançar meus sonhos. Aí essa vida aqui já não vai mais valer à pena.

Resiliência.

E no que depender de mim, as coisas vão dar certo. Tem que dar. De um jeito ou de outro. Vou cair, vou levantar e vou seguir até cair de novo, e levantar, e cair, até não cair mais, e cair outra vez. Vai ter dor, vai ter decepção, vai ter sorriso e vai ter suor. Pessoas vão chegar e vão partir. Algumas deixarão saudade, outras nunca mais se vão, seja fisicamente, ou só no coração. Para as cargas mais pesadas terei os ombros mais fortes e nas grandes provações tirarei as melhores lições. Vou lembrar de você com carinho, mas eu preciso seguir em frente. Me permito errar e ser triste, mas que dure apenas o intervalo de dois sorrisos. O coração calejado suporta mais. Hoje foi melhor que ontem, mas ainda não é nem sombra do amanhã. Vou dar o melhor de mim. Sempre. E quando não for suficiente terei uma carta na manga, ou duas. Eu tenho um plano. Na minha vida não existem objetivos não alcançados, apenas momentaneamente incompletos. Um sorriso no rosto, e uma saudade no peito. Sem medo de errar. Só pode dar certo. Vai dar. A felicidade se acha nos momentos de descuido.