segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Meu amigo vai se casar.

Meu amigo vai se casar. Me desculpem se essa frase se tornar muito recorrente durante o texto, mas é que estou tentando repeti-la a alguns meses para ver se consigo me dar conta da situação. Talvez não pareça, mas a coisa toda é complexa. Meu amigo que estudou comigo desde a 1ª série até o 3° ano do Ensino Médio se casa na próxima sexta-feira. Tenho certeza que vai ser diferente de todos os casamentos que já fui na minha vida. Confesso que nunca fui muito fã de casamentos. Não achava a menor graça e um tanto idiota aquelas pessoas que se emocionavam com aquele ato que ao meu ver parecia tão burocrático e ilusório. Mas tudo isso mudou a partir do momento que comecei a acompanhar casamentos de pessoas que realmente são próximas, de pessoas que fizeram parte da minha vida e que me fizeram parar para pensar finalmente de como será o dia que eu estiver ali, porque embora ainda distante, tenho certeza que vai acontecer. Ver meus primos mais velhos e amigos de profissão se casando fez com que eu mudasse minha visão sobre a cerimônia. Sexta vai ser especial não só porque o cara que estará se casando acompanhou a maior parte da minha vida, mas principalmente porque eu vi a história do casal acontecer. Lembro do dia que se conheceram, lembro das brigas, dos aniversários de namoro, das dificuldades e das alegrias. Lembro como ocorreu de um simples namoro de adolescência ir tomando ares de algo eterno. Meu amigo vai se casar. O primeiro dos meus amigos que se casa. O primeiro que deixa a casa dos pais. A casa com o quintal com o pé de abacate, o prédio de onde jogávamos papel higiênico molhado nos vizinhos, a escadaria onde aconteciam os beijos nas festinhas... Meu amigo não vai morar mais lá. Vai ter uma casa só dele. Vai ter filhos, quem sabe até um cachorro. Vai ter uma esposa, e diga-se de passagem, nesse quesito ele deu muita sorte. Em tempos de casamentos tão incertos, esse sim é um que tem tudo pra ser bem sucedido. Meu amigo vai ser casar e todos os outros estarão lá, assim como a gente sempre planejou. Por diversas vezes brincamos de acertar quando e quem seria o primeiro. Chegou a hora. Meu amigo vai se casar. E esse texto foi a forma que arranjei de me convencer de que esse momento chegou, que os anos se passaram, que os desafios agora são outros, e principalmente, de desejar ao casal toda a felicidade desse mundo, dizer que estou orgulhoso de ser padrinho de vocês, agradecer pela amizade de sempre e  por me deixar fazer parte da história de vocês. Está chegando a hora. Nos vemos no altar. 

sábado, 6 de agosto de 2011

Não existe clássico no futebol goiano.

Não existe clássico no futebol goiano. Aliás, chego a pensar o quanto há de verdade no próprio futebol goiano. Um jogo onde um time tem mais que o dobro de vitórias sobre o dito “rival”, não é clássico. Um jogo que não consegue colocar 15 mil pessoas no estádio não é clássico. Um time que não consegue vencer o seu grande rival não é time. Um time que precisa cobrar 2 reais no ingresso pra não ser abandonado pela própria “torcida” não é time. Um jogo onde a própria imprensa atrapalha o “espetáculo” transmitindo ao vivo até mesmo para cidade da partida não pode ser sério. Dois times que em mais de 65 anos não conseguiram sequer um título no cenário nacional não podem ser respeitados. Dirigentes que pensam pequeno e que se contentam em serem coadjuvantes não podem seguir gerindo futebol. Torcidas que se limitam a cantar músicas copiadas de outras torcidas e somente quando o seu time está bem na partida não são torcidas. A mídia goiana tenta manter viva essa mística em torno do clássico goiano, mas a verdade é que somos insignificantes no parâmetro nacional. Seja você torcedor do Goiás, que se contenta em ser maior do que o seu rival nanico, ou seja você vilanovense, que se acha especial por ter uma torcida mais apaixonada do que a outra que em sua maioria nem apaixonada é, a verdade é que nosso futebol é medíocre e que tende a ser assim por muito tempo. E depois ainda vem você com aquela babaquice de querer que os goianos torçam somente pelos clubes do estado. Torcer pro Coiote contra o Papaléguas até quando ?